Lágrimas do Mundo (part. Tatanka)

B-leza

Compositor: Não Disponível

Senhores presidentes
Isto é um tiro no escuro
Mas já nao falo por mim
Falo do nosso futuro
Não falo de perder eleições
Ou de ganhar na bolsa de valores
Falo das próximas gerações que virão como sucessores
Quantas crianças com fome cujos apelos não são ouvidos
Quantos animais falecidos em habitas destruídos
Até do sol me questiono, eu que na praia ressono
Já não posso ter sono devido à camada de ozono
Tenho medo de respirar, de inspirar este ar
Porque não sei as substâncias que possam lá estar
Já não como descansado só a pensar em doenças
O mar está contaminado e o gado tem deficiências
Restaurantes em todo lado alimentam sem licenças
A ASAE não chega p'ró recado
E o Estado não toma providências
O Estado não fecha as casas
Porque são boas referências
O turismo enche essas salas
E a guita paga inconveniências

O mundo chora lá de cima
As chuvas trazem as lágrimas
Acordem, despertem
Isto são as lágrimas do mundo

Vários animais e plantas estão em vias de extinção
Castigados para sempre, pelo o homem e a sua mão
Durante toda a minha vida eu sonhei em ser selvagem
viver como um primitivo, numa selva sem bagagem
Ver manadas de elefantes, leões, girafas grandes
Papagaios falantes, o mar e seus habitantes
Mas por entre esses encantos pelos quais eu cobiço
Eu pergunto-me se os meus filhos vão poder ver tudo isso
Está tudo a acabar, a desabar a cada segundo
E nós agimos como se tivéssemos todo o tempo do mundo
Eles dizem ter soluções mas eles não são Deus
São situações irreversíveis e emendáveis pelos meus

Ninguém sabe como reparar os buracos do ozono
Ninguém sabe como salvar os peixes de águas poluidas
Ninguém sabe como ressuscitar os animais em extinção
Ninguém sabe como florestar de novo florestas destruidas

O mundo chora lá de cima
As chuvas trazem as lágrimas
Acordem, despertem
Isto são as lágrimas do mundo

Nos países desenvolvidos geramos imenso desperdício
Compramos, deitamos fora, exageramos, temos vício
Não partilhamos com os que precisam até quando temos demais
Temos medo da partilha, somos superficiais
Eu podia ser uma criança a morrer de fome na Somália
Ou uma vítima de Guerra do Médio Oriente da Ásia
Podia ser um mendigo, entre milhares, da Índia
Podia ser um escravo, ainda criança, de África
Se todo o dinheiro do mundo
Que é utilizado para a guerra
Fosse utilizado como um fundo para acabar com a pobreza
Para achar soluções ambientais para os problemas
Que lugar maravilhoso que seria esta terra
Até na escola nos ensinaram a não brigar, a resolver
A respeitar, a partilhar, a perdoar e a não sujar
Mas, se fazem o contrário
Porque é que nos continuam a ensinar?
Façam as vossas acções reflectirem no que estão a falar

O mundo chora lá de cima
As chuvas trazem as lágrimas
Acordem, despertem
Isto são as lágrimas do mundo

©2003- 2024 lyrics.com.br · Aviso Legal · Política de Privacidade · Fale Conosco desenvolvido por Studio Sol Comunicação Digital